sábado, 22 de janeiro de 2011

Inocência

Hoje fui arrumar o porão, porque minha mãe estava aos gritos dizendo que aquele lugar estava um lixo, eu fui lá, porque aqueles gritos estavam me deixando louca.
Quando entrei lá, vi algumas caixas cor de rosa, “escrito recordações eternas”, eu achei tão estranho e resolvi ir até as caixas, assim se não prestasse já ia para o lixo, mas ao abrir aquela primeira caixa, eu fiquei com os olhos cheios de lagrimas, o meu primeiro diário, a primeira rosa que ganhei, e assim fui abrindo as 3 caixas que ali haviam, comecei a chorar ao ver como um dia a minha vida era perfeita, eu acreditava em um mundo de paz, eu queria ser uma adulta, eu achava engraçado, eu queria um namorado que me amasse, e dois filhos e uma casa com um jardim, e esse era o meu pensamento, confesso que aquilo me machucou, eu encontrei também algumas fotos, que saudade que bateu em meu coração, como aquilo dói, como lembrar feri tanto um coração.
Ali encontrei uma frase assim: “Que nojo é beijar, hoje aquele baixinho me beijou, a língua dele tinha tanta saliva, iéca” quanta ingenuidade em uma menina de apenas 10 anos.
Como será que eram meus sonhos? Não lembro muito do meu passado de criança, só lembro que creditava que os pássaros me trouxeram, e que meu pai queria tanto a mim, que disse que quando morresse iria se tornar um pássaro pra trazer o meu filho.
Era tudo lindo, e encantador, como sinto falta do papai lindo, e da mamãe diva!
Como era bom ter aquela inocência de acreditar que tudo é bom, e que sempre conseguimos, e que a nossa família é perfeita e que sempre seremos “felizes para sempre” assim era a minha inocência.
Vejo que sou uma menina crescida agora, mas aquela Tamires sempre vai existir em mim.

Um comentário:

  1. São esses pequenos gestos da inocência de criança que nos faz uma pessoa mais alegre e mais sincera diante de Deus...Muito legal!

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